O Comitê de Equipe Multidisciplinar indica o artigo: Diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades
imunomediadas associadas ao uso de bloqueadores
de correceptores imunes. (2017)
Brazilian guidelines for the management of immune-related adverse events
associated with checkpoint inhibitors
Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
https://cdn.publisher.gn1.link/brazilianjournalofoncology.com.br/pdf/v13n43a02.pdf
Na última década a imuno-oncologia consolidou-se como pilar terapêutico após
anos de pesquisa acerca do papel da modulação do sistema imune do
tratamento antineoplásico. Com taxas de respostas variando de 10% a mais de
50%, a imunoterapia traz a possibilidade de respostas duradouras e benefício a
longo prazo, além de crescente número de agentes disponíveis com expansão
nas indicações clínicas. Diante do aumento das possibilidades terapêuticas dos
imunoterápicos o conhecimento sobre os eventos adversos é de extrema
importância, especialmente diante das especificidades dos mecanismos de
ações desses fármacos, bem como das reações diferenciadas quando
comparadas a quimioterapia, evidenciando um desafio para oncologistas,
pesquisadores e profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em
tratamento imunoterápico. Essa diretriz visa discutir o perfil das toxicidades
relacionadas ao uso desses fármacos e as estratégias destinadas a permitir o
diagnóstico precoce das reações e manejo adequado, percorrendo sobre a
visão geral das toxicidades imunomediadas e mecanismos fisiopatológicos;
incidência dos eventos adversos imunomediados; recomendações de
rastreamento de eventos adversos; cuidados para minimizar as toxicidades;
abordagem inicial e manejo de eventos adversos imunomediados; controle
após tratamento e reinstituição da terapia imune, além de abordar, graduar e
orientar manejo de cada efeito imunomediado conhecido. Como conclusão
dessa importante diretriz sobre a terapêutica crescente no cenário da oncologia
que promete mudar o perfil de tratamento antineoplásicos evidencia a
importância das equipes multidisciplinares e a necessidade de capacitação
desses profissionais buscando ampliar a incorporação de diretrizes para o
manejo eficaz das reações imunomediadas para eficaz reconhecimento e
diagnóstico precoces das reações adversas e a introdução de terapêutica
dirigida, permitindo o uso seguro e adequado dessa modalidade de tratamento
em expansão. Ainda que usualmente manejáveis e reversíveis, os eventos
adversos da imunoterapia podem resultar em disfunção permanente ou até
mesmo óbito, assim o monitoramento pela equipe e conhecimento de
diagnósticos diferenciais pelo médico assistente está diretamente relacionado
com o sucesso ou não do tratamento. A equipe tem uma importante função de
monitorizar o paciente, realizar educação aos pacientes e cuidadores, além de
ser vigilante na ocorrência das reações.